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Universidade Federal de Santa Catarina terá laboratório de BIPV

Com a integração FV, haverá 61% de redução de carga térmica e 71% de economia no sistema de condicionamento de ar

Autor: 5 de dezembro de 2022Projetos
3 minutos de leitura
Universidade Federal de Santa Catarina terá laboratório de BIPV

A obra (ao fundo) do laboratório de BIVP tem previsão de inauguração para fevereiro de 2023. Foto: Divulgação

A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) está desenvolvendo um projeto inédito.Trata-se da construção do primeiro laboratório com total integração fotovoltaica do tipo BIPV (Building-Integrated Photovoltaic System). O empreendimento, que está sendo construído no campus da instituição de ensino catarinense, tem previsão de entrega em fevereiro de 2023.

Por intermédio do PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutore), a BYD apoiará na construção do espaço e no fornecimento de módulos fotovoltaicos.

A obra utilizará um total de 360 painéis, entregues no início deste mês, de 450 W e 530 W. Estes últimos, com backsheet transparente, serão aplicados especificamente no telhado, em função da inclinação e do posicionamento, para maior geração de energia. Os módulos de 450 W serão usados nas fachadas laterais das instalações do laboratório.

“A energia solar deve crescer 60% em 2022, consolidando-se como a segunda fonte de energia do Brasil. E cada vez mais veremos soluções que podem ampliar muito o uso dessa fonte de energia como elemento construtivo nas edificações. Daí a importância de continuarmos pesquisando projetos e programas como esse, para continuar expandindo o uso dessa tecnologia”, afirmou Adalberto Maluf, diretor de Comunicação da BYD Brasil.

Maquete da obra: módulos atuarão como telha nas coberturas e como elementos de sombreamento nas fachadas. Foto: Divulgação

Maquete da obra: módulos atuarão como telha nas coberturas e como elementos de sombreamento nas fachadas. Foto: Divulgação

Mais sobre o projeto

De acordo com a BYD, no geral, o projeto arquitetônico do laboratório possui integração fotovoltaica do tipo BIPV, onde os módulos atuarão como telha nas coberturas e como elementos de sombreamento nas fachadas.

Ou seja, ressaltaram que terão a função de vedação e sombreamento, além da geração energética. Além disso, uma das coberturas fotovoltaicas será utilizada como elemento sombreador da laje de cobertura da edificação, minimizando significativamente os ganhos térmicos pela cobertura.

“Foi um projeto muito desafiador, especialmente por ser pioneiro no Brasil. Desde a concepção, conciliando com a execução, foi gratificante ver o desenvolvimento. A área acadêmica é focada na teoria, mas temos que trazê-la para prática e a empresa permitiu essa importante iniciativa.”, comentou o engenheiro Gustavo Carvalho, líder do projeto na BYD.

Projeto é fruto de uma parceria entre a UFSC e a BYD. Foto: Divulgação

Projeto é fruto de uma parceria entre a UFSC e a BYD. Foto: Divulgação

Segundo ele, quando estiver totalmente pronto, o laboratório oferecerá uma série de importantes resultados ao meio ambiente. Estima-se que haverá 61% de redução de carga térmica, 71% de economia no sistema de condicionamento de ar e 52% de redução de potência instalada de iluminação.

“O objetivo desse projeto é aproveitar a alta tecnologia da BYD e utilizar seus módulos integrados na construção civil. Os painéis começam a ganhar grande espaço nas edificações e pode se tornar um produto de maior utilidade e solução, contribuindo para viabilizar a energia limpa em segmentos ainda pouco explorados, como é a construção civil”, conclui Rodrigo Garcia, gerente de P&D da BYD Energy do Brasil.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

2 comentários

  • Cesar disse:

    Nas fotos apresentadas não vejo condições para que se faça a limpeza das placas sem ter que subir nelas. São utilizados módulos que suportam esses esforços ou foi desenvolvido algum método para efetuar a limpeza?

    • Eduardo Bueno disse:

      Boa tarde, Cesar, tudo bem? NUNCA, EM NENHUMA HIPÓTESE, deve-se subir nos módulos, dito isso, para um projeto como esse a utilização de andaimes de limpeza e limpadores de painéis FV, pode ser o mais ideal

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