EDP produz primeira molécula de hidrogênio verde no Brasil

Iniciativa será fundamental na transição energética e contribuirá para economia de baixo carbono, afirma empresa
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Hidrogênio verde segue expandindo no Brasil. Foto: Reprodução

A EDP Brasil produziu, na última quinta-feira (15), a primeira molécula de H2V (hidrogênio verde) em sua nova unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.

Segundo a empresa, o desenvolvimento da planta é um importante marco para a geração de energia limpa no país e faz parte dos compromissos com a transição energética da EDP.

A produção da molécula é a primeira etapa estratégica do desenvolvimento do Projeto Piloto de H2 no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém), cujo lançamento oficial ocorrerá em janeiro de 2023. Com investimento de R$ 42 milhões, a unidade é a primeira do estado e a primeira do Grupo EDP.

A planta de hidrogênio verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém que deve gerar o combustível limpo, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção do hidrogênio.

Segundo a companhia, o empreendimento contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador de última geração para produção do combustível com garantia de origem renovável, com capacidade de produzir 250 Nm3/h do gás.

A iniciativa contou com parcerias importantes como a da Hytron, fornecedora da eletrólise e, como executoras do projeto, além da EDP, estão o grupo GESEL, que avaliou cenários da escalabilidade da produção de H2, identificando a viabilidade econômica, setorial e mercadológica do projeto; a IATI, com o estudo de viabilidade técnica e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

“Elegemos o complexo de Pecém para abrigar nossa primeira planta de hidrogênio verde porque reconhecemos que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar a introdução do H2V no país, seja por seu excepcional potencial solar e eólico – fundamental para a produção do gás –, seja por sua localização e excelente oferta de infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional”, afirmou João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.

“Ainda mais importante do que a produção da primeira molécula é a experiência que essa iniciativa trará para a EDP. Com o conhecimento adquirido, poderemos contribuir de maneira mais assertiva para expandir a produção de hidrogênio verde no país e também para regulamentação do segmento”, concluiu.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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