Brasil tem 78% de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis

Pesquisa da KPMG apontou taxas de crescimento anuais na geração de energia limpa na América do Sul
Energia solar Canal Solar Brasil tem 78% de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis

De acordo com a KPMG, em seu estudo “Transição Energética na América do Sul”, a região abordada está emergindo como líder na transição para energias sustentáveis. Nestes países, esses recursos possuem uma participação superior a 30% na matriz energética primária e aproximadamente 70% na matriz de geração de eletricidade.

Além disso, em países como Paraguai, Brasil, Uruguai e Colômbia, as fontes renováveis já respondem por, respectivamente, 100%, 78%, 70%, e 65% da capacidade instalada de geração de energia elétrica.

A pesquisa, baseada em dados do Instituto de Energia, em sua mais recente revisão das estatísticas globais do mercado de eletricidade, e uma análise do período de 2010 a 2022, indicou taxas de crescimento anuais na geração de energia renovável de 4%, 6%, e 9% nos anos de, respectivamente, 2020, 2021 e 2022. Foi apontado, também, um salto de 20% na capacidade de geração de energia renovável (de 220 milhões para 265 milhões de kW) no mesmo período.

De acordo com a KPMG, a transição energética na América do Sul representa uma oportunidade significativa para ampliar o acesso à energia de baixo carbono e desestimular o uso de combustíveis fósseis.

“No entanto, para aproveitar plenamente esse potencial, é crucial superar as barreiras atuais e aprimorar a infraestrutura, garantir a estabilidade financeira e lidar com as questões socioeconômicas para impulsionar ainda mais a transição energética”, constata Manuel Fernandes, sócio-líder do setor de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul.

A falta de velocidade na implementação dos meios sustentáveis para a geração de eletricidade foi identificada como o desafio mais urgente para atingir as metas climáticas estabelecidas, segundo 82% do total de respondentes do estudo e 89% dos entrevistados sul-americanos.

“Esse consenso expressivo reforça a necessidade crítica de abordar os obstáculos que atualmente impedem a rápida adoção das fontes limpas”, declara Anderson Dutra, o sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG no Brasil.

Nesse sentido, o estudo identifica desafios persistentes, como a necessidade de aprimorar políticas e regulamentações, facilitar o acesso ao capital, acelerar a implementação de projetos e mitigar impactos ambientais. Os líderes setoriais da América do Sul enfatizaram também a urgência em eliminar subsídios aos combustíveis fósseis e fortalecer as políticas de incentivo às energias limpas.

Na área analisada, existe uma clara tendência para o desenvolvimento dessas energias, justificada pelos investimentos e pela aplicação de um conjunto diversificado de iniciativas que têm ganhado espaço na matriz energética, gerando expectativas positivas para este mercado.

A contínua colaboração entre setores público e privado, o aprimoramento das políticas de estímulo e o enfoque na superação dos desafios identificados são essenciais para fomentar e acelerar esse processo de transformação rumo a um futuro mais sustentável.


Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: [email protected].

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Principais notícias

Leia mais

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal