O Brasil intensificou a exportação de energia elétrica para a Argentina e o Uruguai, segundo informações divulgadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia) nesta quarta-feira (4).
As transações, que foram predominantemente de geração termelétrica, ocorreram ao longo do mês de janeiro e devem seguir em fevereiro.
Segundo a Pasta, uma melhora nas condições de suprimento energético e a redução da necessidade de despacho termelétrico foram fatores que permitiram ao país realizar esse movimento junto às nações vizinhas.
“Com a recuperação dos reservatórios, a tendência é que os envios também incluam excedentes da geração hidrelétrica que não podem ser armazenados”, informou o MME, em nota oficial.
Na última segunda-feira (3), o volume de energia exportado chegou a 1.093 MW médios, sendo 23% para o Uruguai e 77% para a Argentina. Para efeito de comparação, esse montante equivale a toda a geração termelétrica da região Sul do Brasil no mesmo dia.
O MME defende que essa política ajuda a otimizar o uso dos recursos energéticos e da infraestrutura existente, além de gerar receita para agentes e consumidores brasileiros. “As exportações seguem as diretrizes estabelecidas nas Portarias Normativas GM/MME nº 49/2022 e GM/MME nº 86/2024”, frisou o Ministério.
Recuperação dos reservatório
Conforme noticiado pelo Canal Solar, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou nos últimos dias que o nível dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras devem superar a marca dos 70% até o final de fevereiro, em razão da grande quantidade de chuvas acumuladas em boa parte do país.
Atualmente com 61,8%, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abriga 70% das hidrelétricas do país, deve atingir 74,2% de capacidade. No Sul, a previsão é de crescimento de 61,2% para 70,6%. O Nordeste deve avançar de 69,9% para 79,2%, enquanto o Norte saltará de 83,4% para 93,1%.
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