CCEE e ANEEL realizam leilões que economizarão R$ 1,15 bi para consumidores

Certames negociaram cerca de 2.130 MWmed para atender demanda das distribuidoras no mercado regulado
CCEE e ANEEL realizam leilões que economizarão R$ 1,15 bi para consumidores
O LEE A-2 somou R$ 1,4 bilhão em transações para a aquisição de 508,8 MWmed. Foto: Freepik

Os LEE (Leilões de Energia Existente) organizados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (06) negociaram aproximadamente 2.130 MWmed, volume quase três vezes maior do que os certames realizados ao final de 2023.

A ampla competitividade das operações vai gerar para os consumidores brasileiros uma economia de mais de R$ 1,15 bilhão. No total, o montante financeiro comercializado foi de R$ 6,04 bilhão.

“Os resultados demonstram que os leilões foram bem-sucedidos nos seus objetivos de trazer eficiência para a contratação de energia no setor e economia para os consumidores brasileiros”, disse Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

“Realizamos um processo competitivo simples, eficiente e seguro, o que levou a um volume de participação de vendedores e compradores que não víamos há anos. Mais uma vez, a parceria da CCEE e da ANEEL gera ganhos para a população, atratividade para investidores e equilíbrio para o mercado”, ressaltou.

O LEE A-1, com início do suprimento para 1º de janeiro de 2025, movimentou R$ 4,6 bilhões para contratação de 1.621 MWmed. O deságio registrado foi de 18,88%, o que permitiu uma economia de R$ 1,072 bilhão em relação ao preço inicial. 

Já o LEE A-2, que prevê o fornecimento da energia a partir de 1º de janeiro de 2026, somou R$ 1,4 bilhão em transações para a aquisição de 508,8 MWmed. A negociação teve deságio médio de 5,26% e promoveu uma economia de R$ 79,7 milhões na comparação com o preço teto. Não houve negociação de produtos no LEE A-3.

O diretor da ANEEL Fernando Mosna, relator dos leilões, destacou que a realização deles demonstra o avanço do setor elétrico brasileiro desde o primeiro leilão de energia existente realizado pela Agência e pela CCEE, em 2004. 

“Naquela época, buscava-se diversificar a matriz, que já era renovável, com 76% de participação de hidrelétricas. Hoje as fontes solar e eólica, que na época eram inexistentes, respondem por 33% da nossa matriz. Esse fato mostra como o planejamento do setor elétrico é importante e como a atuação conjunta dos entes consegue alcançar grandes feitos como os que vimos nos últimos 20 anos”, concluiu.

Os leilões foram realizados no formato virtual e o resultado na íntegra pode ser conferido no site da CCEE.

Todo o conteúdo do Canal Solar é resguardado pela lei de direitos autorais, e fica expressamente proibida a reprodução parcial ou total deste site em qualquer meio. Caso tenha interesse em colaborar ou reutilizar parte do nosso material, solicitamos que entre em contato através do e-mail: [email protected].

Picture of Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados

Mais Noticias

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal

capa-da-revista-canal-solar-edicao-especial-intersolar-2021
capa-edicao-7
capa-revista-canal-solar-3