Um estudo divulgado pela Wood Mackenzie prevê que a China será responsável por mais de 80% da capacidade global de fabricação de polissilício, wafer, células e módulos fotovoltaicos entre os anos de 2023 e 2026.
Esse domínio de mercado se dará mesmo com o crescimento de outros mercados, como dos Estados Unidos, da Índia e da União Europeia, que, nos últimos anos, passaram a adotar políticas mais agressivas de incentivo à produção desses insumos.
Segundo o estudo, somente neste ano, a China já teria investido mais de US$ 130 bilhões na indústria solar – o que ajudará o país asiático a fazer com que a sua capacidade fotovoltaica seja suficiente para atender à demanda anual de todo o planeta até 2032.
Huaiyan Sun, consultor sênior da Wood Mackenzie e autor do relatório, destaca que a expansão da fabricação solar da China foi impulsionada por altas margens para polissilício, atualizações tecnológicas e para o desenvolvimento da fabricação local em mercados estrangeiros.
Para o executivo, as políticas governamentais adotadas nos mercados externos ainda não são competitivas em termos de custos em comparação com o fornecimento chinês.
Segundo o levantamento da Wood Mackenzie, nos dias atuais um módulo fotovoltaico fabricado na China é, por exemplo, cerca de 50% mais barato que o produzido na Europa e 65% mais barato que os Estados Unidos.
“A China ainda dominará a cadeia global de fornecimento de energia solar e continuará a ampliar a diferença de tecnologia e custos com seus concorrentes”, disse Sun.