Consumidores de baixa renda no Brasil, que investiram em sistemas fotovoltaicos, têm sofrido menos durante a pandemia da Covid-19, segundo pesquisa da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Para Bibiana Angel González, moradora da comunidade da Babilônia no Rio de Janeiro, a economia no fim do mês foi de 65% na conta de luz. A moradora, que possui um pequeno sistema fotovoltaico instalado no telhado de sua casa há quase cinco anos, se sente aliviada com o custo menor. “Com a energia solar no telhado da minha casa, consigo economizar dinheiro, que uso para pagar outras despesas importantes que tenho no dia a dia”, conta.
Outra vantagem para Bibiana é a economia gerada pelo sistema solar à sua pousada e restaurante, acoplados em sua residência, que estão fechados devido à pandemia do novo coronavírus. “A instalação solar permite que eu tenha preços competitivos, já que é impossível um negócio na favela manter-se em pé quando os serviços públicos têm na comunidade o mesmo custo do que no asfalto”, afirma.
Para a instalação do sistema fotovoltaico projetado pela empresa Revolusolar, a empreendedora recorreu a uma linha de crédito. Assim, parte do valor economizado todo mês na conta de luz foi destinado ao pagamento das parcelas do financiamento. Ela afirma que foi uma ótima decisão, já que o empréstimo foi quitado em menos de cinco anos, muito antes do final da vida útil, que é de mais de 25 anos. “A energia solar é um ótimo investimento, melhor do que aplicar dinheiro em banco, por exemplo”, ressalta.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, destaca o ótimo custo-benefício da energia solar para todo brasileiro. “Um sistema fotovoltaico bem dimensionado pode reduzir em até 95% os gastos dos consumidores com eletricidade. Isso alivia o orçamento das famílias e permite destinar os recursos para outras necessidades essenciais, como alimentação, saúde e educação”, comenta Koloszuk.
Investimentos em solar
De acordo com mapeamento da ABSOLAR, desde 2012, os investimentos privados acumulados em sistemas fotovoltaicos nos telhados e em pequenos terrenos já ultrapassam R$ 13,8 bilhões no Brasil. As residências brasileiras representam mais de 70% destas conexões, que somam mais de 228 mil sistemas fotovoltaicos distribuídos por mais de 80% dos municípios brasileiros.
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, esclarece que os consumidores residenciais possuem papel de destaque na adoção e no uso da energia solar, pois pagam os maiores preços do país pela energia elétrica que consomem. “A tecnologia fotovoltaica se tornou uma importante aliada neste momento crítico da economia brasileira e mundial. Ela traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos, os protege contra aumentos recorrentes das tarifas e ainda ajuda o meio ambiente e a sustentabilidade”, ressalta Sauaia.