A comitiva do Governo de Minas Gerais em missão oficial na Itália se reuniu, nesta segunda-feira (11), com duas empresas com intenções de investimento no estado. Se concretizados, os aportes podem contribuir para a criação de mais de mil postos de trabalho.
Uma das companhias que pretendem investir é a italiana F2B, que demonstrou interesse em instalar uma fábrica de painéis solares para usinas flutuantes. O grupo, que é de Ímola, na Itália, já atua no estado desde 2021, e tem unidades em Grão Mogol, no Norte de Minas, e também em Itamonte, no Sul do estado.
Com a instalação da fábrica, a F2B tem a expectativa de gerar até 700 empregos diretos e indiretos ao longo de toda cadeia, da produção à instalação. Orestes Gonçalo Júnior, representante da empresa, disse que companhias mineiras já o procuraram interessadas em adquirir o produto.
“Já temos algumas indústrias agrícolas de Unaí que nos procuraram para instalar uma usina solar flutuante em seus açudes de irrigação. Portanto, há um crescimento muito grande que deve se ampliar nos próximos anos, principalmente em função de que a solar é uma energia que você pode levar para qualquer local”, destacou.
“Com a instalação da fábrica, a gente deve atrair aproximadamente mais 80 empregados. Mas, com a área de instalação, podemos chegar a 700 empregos, pois nossa ideia é treinar os profissionais em todo o estado”, explicou.
Prysmian Group
Outra empresa que visa investir em Minas é a italiana Prysmian Group, especializada na fabricação de cabos e sistemas para energia e telecomunicações. A companhia já tem confirmada uma expansão de sua unidade em Poços de Caldas, prestes a ser inaugurada. Com isso, chegará a 600 funcionários trabalhando no local.
João Carro Aderaldo, CCO de negócios da Prysmian, explicou que já investem no estado e possuem a intenção de ampliar essa relação. “Nossos aportes no estado já superam os R$ 120 milhões nos últimos anos, na unidade de Poços de Caldas”.
“Neste ano, só em Minas Gerais, já foram quase R$ 30 milhões, sendo o principal investimento na linha de produção de cabos isolados de 138 mil volts, que vai ser a única planta no Brasil com capacidade de produzir esse tipo de cabo, e uma das poucas na América do Sul”, contou.
A empresa ainda conta com a expectativa de investir mais em ampliações, devido ao aporte de R$ 42,2 bilhões da Cemig, até 2027, na modernização e ampliação da rede elétrica do estado.
Reynaldo Passanezi, presidente da Cemig, disse que, com esse investimento, a companhia pode ser indutora do desenvolvimento de Minas. “A Cemig tem muito orgulho de dizer que está realizando o maior programa de investimentos da história da empresa, quem sabe um dos maiores do setor elétrico brasileiro em infraestrutura”.
“Isso vai gerar muita oportunidade. Nós vamos construir 30 mil quilômetros de rede trifásica, o que representa 100 mil quilômetros de cabos. Além disso, estamos instalando 1,5 milhão de medidores inteligentes e 450 mil postes. Tudo isso representa oportunidades para quem quer vir produzir em Minas. Esse é o propósito da Cemig”, afirmou.
Importância dos aportes para MG
Para o governador Romeu Zema, a atração de novas tecnologias na área energética, por exemplo, poderá reforçar o crescimento de Minas na posição de destaque que já ocupa nacionalmente.
“Temos uma empresa que vai ampliar a sua capacidade produtiva levando uma nova tecnologia para o Brasil, que é o encapamento dos cabos de alta tensão com uma resina, fazendo com que eles fiquem mais eficientes e possam transportar mais energia”, comentou.
“Em relação aos painéis flutuadores, vale lembrar que, com essa produção, Minas passa a ser também o estado que vai atender à demanda por esse equipamento em todo o país. Desta forma, todos estão ganhando, principalmente os mineiros”, enfatizou.
Uma resposta
Irão instalar mas irão homologar como?
Uma vergonha o que a Cemig está fazendo em MG reprovando todos os projetos de energia fotovoltaica.
Ou será mais um dos elefantes brancos do nosso Brasil só para encher o bolso de algumas pessoas?