A Gelo Cristal, empresa localizada no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, obteve uma economia mensal de cerca de 30% na sua conta de energia elétrica ao longo de 2024.
A fábrica especializada na venda de gelo em cubos e triturado é um dos mais de 26 mil consumidores que migraram para o Mercado Livre de Energia no ano passado – um volume recorde e três vezes maior do que em todo o ano de 2023, segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
“O valor economizado é significativo, porque a energia elétrica está entre os três maiores custos de nossa produção”, explica Anderson Luiz Silvério, diretor da empresa.
Para aderir a esse mercado no qual os consumidores têm mais liberdade para negociar seus contratos e o preço da energia elétrica, a Gelo Cristal contou com apoio da Armor Energia, uma comercializadora varejista que representa empresas junto à CCEE, conduzindo e facilitando o processo.
Migrações triplicam em 2024 e batem recorde no mercado livre
“Atualmente há muitas oportunidades para empresas de pequeno e médio porte no Mercado Livre, que proporcionam economia e também a possibilidade de investir em transição energética, com a aquisição de eletricidade gerada por fontes renováveis”, destaca Fred Menezes, diretor-executivo da Armor Energia.
Os contratos podem ser elaborados de acordo com as necessidades de cada empresa, mas os modelos mais comuns são o “desconto garantido”, no qual o consumidor tem um percentual de desconto sobre a tarifa da distribuidora de energia, e o “preço fixo”, em que se define um valor por MWh e o consumidor se protege contra as flutuações de preços no Mercado Regulado – especialmente das bandeiras tarifárias e suas cobranças adicionais.
De acordo com a CCEE, quase 75% dos consumidores que estão chegando ao Mercado Livre são pequenas e médias empresas, cuja adesão deve ocorrer por meio de uma comercializadora varejista.
Economia no Mercado Livre
A conta de luz sempre foi um dos principais custos de produção na Gelo Cristal, ao lado das despesas com óleo diesel para a distribuição e de plástico, para as embalagens.
“No período de maior demanda, o gasto com energia chega a R$ 45 mil por mês, então uma redução de 30% é muito significativa”, explica Silvério.
Além da produção de gelo, a manutenção de freezers e câmaras de refrigeração contribuem para o alto consumo de eletricidade deste setor. A busca por alternativas começou quando a Gelo Cristal investiu na geração de energia solar para consumo próprio.
“Naquela época, uma empresa do nosso porte não podia entrar no Mercado Livre, então investimos na energia solar, e temos 184 painéis fotovoltaicos instalados que atendem parte do nosso consumo”, explica o empresário.
Mas a abertura do mercado para todos os consumidores de alta e média tensão, que aconteceu no início de 2024, mudou o cenário e trouxe novas alternativas.
“A abertura do mercado apresentou uma oportunidade ainda mais vantajosa, porque oferece economia e não exige o investimento inicial, que é um valor alto para o caixa da empresa”, avalia Silvério.
A economia na conta de luz permitiu que a empresa investisse em inovação, maquinário novo e uma ampliação da capacidade de produção. “Vai dobrar, vamos de 45 toneladas/dia para 90 toneladas/dia”, conta Silvério.
Atualmente, a geração distribuída com placas solares atende a 40% da demanda de energia da Gelo Cristal, complementada pela energia adquirida no Mercado Livre, que representa 60% do consumo.
“Ainda estamos buscando alternativas sustentáveis para outras áreas da empresa, mas temos a satisfação de dizer que o nosso fornecimento de energia elétrica já é 100% renovável”, conclui Silvério.
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