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Integradores mineiros programam manifestação na porta da Cemig

Profissionais estão preocupados com o futuro de seus negócios e buscam uma solução junto à empresa

Autor: 27 de setembro de 2023abril 5th, 2024Mercado
3 minutos de leitura
Integradores mineiros programam manifestação na porta da Cemig

Foto: Divulgação

Integradores mineiros estão mobilizando um ato em frente à sede da Cemig, em Belo Horizonte (MG), amanhã (28), a partir das 12h30. A empresa fica localizada na Avenida Barbacena, 1200, Santo Agostinho.

Fontes ouvidas pelo Canal Solar informaram que o objetivo da ação é protestar contra obstáculos criados pela concessionária de distribuição de energia elétrica para conectar os sistemas fotovoltaicos na região.

Os integradores estão preocupados com o futuro de seus negócios, uma vez que não conseguem concluir a instalação dos seus sistemas por obstruções impostas pela Cemig.

A concessionária vem alegando que não há mais capacidade técnica em sua rede para acomodar novas conexões e, que o risco de inversão de fluxo de potência inviabiliza a instalação dos sistemas fotovoltaicos.

“O objetivo é trazer a tona, chamar atenção do público em geral os impactos causados pela Cemig, por meio da sua subsidiária Cemig Sim, nos municípios mineiros. Esses municípios já estão tendo demissões e fechamento de empresas que não podem mais comercializar sistemas fotovoltaicos pois terão o parecer de acesso orientando injeção noturna, inviabilizando o projeto”, pontuou Jomar Britto, diretor executivo da Seltec Energia Solar e sócio fundador do MSL.

Esta situação foi, inclusive, debatida em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada em agosto. Na ocasião, profissionais denunciaram que a Cemig Sim, subsidiária integral da Cemig, está praticando concorrência desleal a empreendimentos do setor de energia.

Entre os profissionais que devem participar do ato estão os integradores Pablo Mendonça, da GMX Engenharia Solar, e Rafael Cardoso, da Cardoso Soluções. Ambos relatam as consequências das ações da Cemig em seus negócios.

Mendonça disse que tem 10 projetos travados por conta da alegação de inversão de fluxo de potência. “Minha empresa junto com alguns vereadores e secretários da cidade de Araçuaí fomos à Brasília no final do mês passado e protocolamos uma reclamação junto ao Ministério de Minas e Energia”, disse.

Já Cardoso informou que tem 13 projetos parados e teve que demitir mais de 30 funcionários por conta do mesmo problema. “A ANEEL não fala nada, os advogados estão cobrando fortunas. Infelizmente não estou vendo outra saída”, disse.

“Nós mineiros estamos com sentindo de abandono pelos nosso representantes e políticos. A Cemig faz o que quer e o que não quer, com discursos políticos e não técnicos. Vem ceifando o direito do consumidor de gerar sua própria energia mais barata no estado de Minas Gerais, resultando em desempregos e fechamento de empresas. Se não for tomada providências rápidas, em pouco tempo o setor vai acabar e a Cemig Sim vai continuar com o monopólio ambicioso e imparcial”, relatou Wedson Silva, líder da Frente Mineira e vice-presidente do Movimento Solar Livre.

“Entendemos que a Cemig está dificultando a ligação de usinas de microgeração e privilegiando as de minigeração, pois as primeiras o custo da obra e melhorias de rede a Cemig precisa pagar. Já as obras e as melhorias das usinas de maior porte nas subestações são por conta do cliente, sem contar que ainda tem que pagar a demanda mensalmente”, acrescentou Britto.

Mais informações sobre o ato podem ser obtidas clicando aqui.

Wagner Freire

Wagner Freire

Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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