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Jogos do Brasil na Copa registraram queda no consumo de energia

Interrupção de atividades empresariais e grande concentração de pessoas nos televisores explicam redução na carga

Autor: 13 de dezembro de 2022Setor Elétrico
4 minutos de leitura
Jogos do Brasil na Copa registraram queda no consumo de energia

Torcedores tensos durante jogo do Brasil. Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

 

O sonho do hexa, mais uma vez, foi adiado para a Seleção Brasileira , após o time de jogadores comandado pelo técnico Tite ter sido eliminado da Copa do Mundo, nos pênaltis, pela Croácia, na última sexta-feira (09).

Ao todo, foram cinco jogos realizados pelo Brasil no Qatar, sendo três deles pela fase de grupos da competição e outros dois de caráter eliminatório: um pelas oitavas de final e outro pelas quartas – jogo esse que culminou na desclassificação para os croatas.

Como já é comum nos jogos da Seleção em Copas do Mundo, mais uma vez, houve uma grande mobilização nacional por parte da população para acompanhar as partidas pela televisão, seja no conforto de suas casas ou em lugares mais agitados, como bares e restaurantes.

Com o objetivo de monitorar o comportamento da carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) nos dias dos jogos do Brasil, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou logo após as partidas boletins específicos com dados sobre o consumo de energia elétrica no país durante as partidas. 

A conclusão do órgão regulador foi que o país registrou uma redução drástica na carga em todos os jogos da Seleção, em virtude do fato de que grande parte dos profissionais foram liberados de suas atividades empresariais e laboratoriais para assistirem as partidas. 

Ou seja, apesar do aumento de televisores ligados durante as partidas, o volume de carga reduziu porque empresas de todos os portes possíveis deixaram de gerar energia elétrica com a ausência de luzes, computadores e ar-condicionado ligados nos horários dos jogos. 

Jogo a jogo

Na estreia contra a Sérvia, na tarde do dia 24 de novembro, o consumo de energia no Brasil registrou redução de 7.300 MW entre às 14h20 e o final do jogo, que começou às 16h00 e terminou por volta das 18h. A carga equivale a 10% da utilizada em um dia considerado típico, na mesma faixa horária. 

No segundo jogo, contra a Suíça, no dia 28 de novembro, a redução na carga do SIN foi de quase 9.000 MW – um valor 12% menor do habitual. Segundo o ONS, o volume de energia em operação no país caiu de 71.700 MW para 65.000 MW entre às 11h (duas horas antes do início do confronto) até o final do jogo (14h45). 

Já na partida contra Camarões, no dia 2 de dezembro, o volume de carga apresentou uma redução de 8.000 MW, caindo de 78.000 MW para 70.000 MW entre às 14h30 e o final do jogo, por volta das 17h45. O duelo contra a seleção africana teve início às 16h. 

No primeiro jogo eliminatório da Seleção, pelas oitavas de final, diante da Coréia do Sul, no dia 5 de dezembro, a redução observada pelo ONS foi pouca coisa superior a do jogo contra Camarões, com uma queda de mais de 8.000 MW das 14h15 até 17h45. O jogo começou às 16h. 

Por fim, a última partida do Brasil na Copa do Mundo do Qatar, contra a Croácia, registrou uma redução na carga de 74.800 MW para 67.500 MW entre às 10h30 (uma hora e meia antes do jogo) e às 14h45 (final do tempo normal).

Durante a prorrogação e disputa de pênaltis, observou-se uma elevação da carga da ordem de 2.000 MW, saltando para 69.500 MW. Segundo o ONS, uma hora após o final do jogo e a eliminação do Brasil, o valor da carga no SIN já era superior a 80.000 MW. 

Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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