Já pensou em gerar a própria energia e ver sua conta de luz cair mês após mês? O sistema on-grid é a tecnologia que torna isso possível e conecta sua casa ou empresa diretamente à rede elétrica.
Cada vez mais brasileiros estão adotando esse modelo de geração solar, seja para reduzir custos, se proteger contra aumentos tarifários ou investir em uma fonte limpa e renovável. Mas, afinal, como esse sistema funciona na prática?
Neste artigo, explicamos o que é o sistema on-grid, como ele opera e quais são seus principais componentes. Veja também as vantagens, limitações e custos médios desse investimento.
Encontre empresas de energia solar em todo o Brasil!
O que é um sistema on-grid?
Um sistema on-grid é um modelo de geração solar fotovoltaica conectado à rede elétrica pública.
Nele, a energia produzida pelos painéis solares é consumida instantaneamente e o excedente é injetado na rede da distribuidora, gerando créditos que podem ser usados para abater o consumo em outros horários ou meses.
Esse tipo de sistema é o mais utilizado no Brasil, tanto em residências quanto em comércios e indústrias, por oferecer baixo custo de implantação e alta eficiência na compensação de energia.
Segundo o relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o país ultrapassou 26 GW de potência instalada em geração distribuída solar conectada à rede em 2024. Esse total representa a maior parte dos sistemas fotovoltaicos em operação no território nacional.
A popularização dos sistemas on-grid acompanha o avanço da geração distribuída no país.
Esse modelo de produção permite que cada consumidor se torne também um gerador de energia limpa, reduzindo a dependência da concessionária e contribuindo para a expansão da matriz elétrica renovável no Brasil.
Como funciona um sistema fotovoltaico on-grid?
O sistema on-grid funciona conectado à rede elétrica pública. A energia gerada pelos painéis solares é usada imediatamente no imóvel, e o excedente é enviado à rede da concessionária, que converte essa produção em créditos de energia para o consumidor.
O processo começa com os módulos fotovoltaicos, responsáveis por converter a luz do sol em eletricidade em corrente contínua (CC).
Em seguida, o inversor solar transforma essa corrente em corrente alternada (CA), formato compatível com os equipamentos e tomadas das residências e empresas.
Diferente do sistema off-grid, que utiliza baterias para armazenar a energia gerada, o modelo on-grid transfere o excedente diretamente para a rede elétrica.
Assim, toda energia enviada à concessionária se transforma em créditos que podem ser abatidos em futuras faturas, conforme as regras da geração distribuída no Brasil.

Componentes do sistema solar on-grid
Um sistema fotovoltaico conectado à rede é formado por um conjunto de equipamentos que trabalham em conjunto para gerar, converter e distribuir a energia elétrica. Os principais elementos são:
- Módulos fotovoltaicos: captam a radiação solar e a transformam em energia elétrica em corrente contínua (CC). São instalados geralmente em telhados ou estruturas no solo, em posição que maximize a incidência solar.
- Estruturas de fixação: sustentam os módulos e garantem a inclinação e o alinhamento corretos. São fabricadas com materiais resistentes à corrosão, como alumínio e aço galvanizado.
- Cabeamento: conduz a energia entre os módulos, inversores e quadro de distribuição. Deve ser dimensionado conforme a potência do sistema e possuir isolação adequada para uso externo.
- Dispositivos de proteção: incluem disjuntores, fusíveis, DPS (dispositivos de proteção contra surtos) e seccionadoras. Esses componentes previnem sobrecargas, curtos-circuitos e danos por descargas elétricas.
- Inversores fotovoltaicos: convertem a energia gerada pelos módulos (corrente contínua) em corrente alternada (CA), compatível com os padrões da rede elétrica e do consumo local.
- Medidor bidirecional: registra tanto a energia consumida da rede quanto a energia injetada nela. É por meio dele que ocorre o cálculo dos créditos de energia compensados pela distribuidora.
- Rede da concessionária: recebe o excedente de energia gerado e fornece eletricidade quando a produção solar não é suficiente, como à noite ou em dias nublados.
Leia também: Energia solar on-grid e off-grid: diferenças e qual escolher
Vantagens e desvantagens do sistema on-grid

Antes de investir em um sistema solar conectado à rede, é importante conhecer seus benefícios e limitações. Essa avaliação ajuda a escolher a tecnologia mais adequada ao perfil de consumo e às condições do imóvel.
Vantagens
O sistema on-grid é o modelo mais utilizado no Brasil, principalmente por oferecer economia, simplicidade e retorno financeiro rápido. Veja as principais vantagens:
- Redução na conta de luz: o excedente de energia gerado se transforma em créditos na distribuidora, abatendo o consumo em outros períodos.
- Custo inicial menor: o sistema dispensa baterias, o que reduz o investimento em comparação ao modelo off-grid.
- Alta durabilidade: os módulos fotovoltaicos têm vida útil média de 25 anos e exigem manutenção simples.
- Facilidade de instalação e homologação: o processo é padronizado pelas normas da ANEEL e conta com suporte técnico em todo o Brasil.
- Sustentabilidade e valorização do imóvel: a geração de energia limpa contribui para metas ESG e agrega valor patrimonial.
- Retorno sobre o investimento (ROI) atrativo: o payback médio fica entre 4 e 7 anos, dependendo do consumo e da tarifa local.
Desvantagens
Apesar dos benefícios, o sistema on-grid também tem limitações, relacionadas principalmente à dependência da rede elétrica e às condições de uso definidas pelas distribuidoras.
As principais desvantagens são:
- Dependência da rede elétrica: durante quedas de energia, o sistema é desligado automaticamente por segurança.
- Custo mínimo da concessionária: mesmo gerando energia, o consumidor permanece sujeito ao pagamento da taxa de disponibilidade.
- Necessidade de homologação: o projeto precisa ser aprovado pela distribuidora antes da conexão à rede.
- Ausência de armazenamento: o modelo não armazena energia, o que limita o uso em locais sem fornecimento contínuo.
Como saber se eu preciso de um sistema on-grid?
O sistema on-grid é indicado para quem busca reduzir o valor da conta de luz e tem acesso confiável à rede elétrica pública. Esse modelo é ideal para regiões com fornecimento elétrico confiável e sem necessidade de autonomia total.
Como exemplos, podemos citar residências urbanas ou pequenas empresas que funcionam em regiões atendidas por distribuidoras.
Nesses casos, a energia gerada pelos painéis solares é utilizada no próprio imóvel, enquanto o excedente é injetado na rede, gerando créditos que compensam o consumo noturno ou em dias nublados.
Mas e se o objetivo for economizar e, ao mesmo tempo, não ficar no escuro durante apagões? Nesses casos, existe a alternativa do sistema híbrido.
Ainda que demande mais investimento, essa configuração é interessante porque combina as características dos modelos on-grid e off-grid: o sistema permanece conectado à rede, mas conta com baterias de armazenamento.
Essa configuração é indicada principalmente para consumidores críticos, como hospitais, data centers e empresas que não podem interromper suas operações.
Como reforça Geraldo Silveira, gerente de engenharia da CS Consultoria, em entrevista ao Canal Solar.
“Se esse consumidor tiver algum equipamento dentro de casa ou em seu comércio que precise de energia para funcionar, como sistema de iluminação, equipamentos eletrônicos essenciais e demais cargas críticas, os sistemas híbridos com baterias são fundamentais, pois ajudam esse consumidor a ter autonomia quando houver o desligamento da rede”, explica o gerente.
Já que entramos nesse assunto, confira no vídeo do nosso canal no YouTube quantas baterias são necessárias para ter 2 horas de autonomia na sua empresa:
Quanto custa um sistema solar on-grid?
De acordo com o Estudo Estratégico de Geração Distribuída – 1º semestre de 2025, elaborado pela Greener, o custo médio dos sistemas fotovoltaicos residenciais no Brasil é de R$ 2,31 por watt-pico (Wp).
Com base nesse valor, um sistema de 6 kWp tem investimento aproximado de R$ 12 mil, enquanto projetos de 3 kWp custam em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil, variando conforme a marca dos equipamentos e o nível de complexidade da instalação.
Projetos comerciais e industriais de maior porte apresentam valores mais altos. Um sistema on-grid de 50 kWp, por exemplo, pode ter custo próximo de R$ 115 mil, segundo médias de mercado.
Já em aplicações de maior porte, como sistemas comerciais ou industriais, o valor tende a ser mais alto. Um sistema on-grid de 50 kWp, por exemplo, apresenta investimento médio de cerca de R$ 101 mil, segundo o mesmo levantamento.
Essa variação de preços ocorre porque o orçamento final inclui módulos fotovoltaicos, inversores, cabeamentos, estruturas de fixação e dispositivos de proteção elétrica, além dos custos de instalação e homologação junto à distribuidora.
Outros fatores, como o tipo de telhado, localização da obra e tempo de execução, também influenciam o valor total do projeto.
Como encontrar o melhor sistema fotovoltaico on-grid?
Com o crescimento do mercado solar no Brasil, há cada vez mais empresas e profissionais oferecendo soluções de energia fotovoltaica. Por isso, escolher com atenção o fornecedor é fundamental para ter segurança, desempenho e durabilidade no investimento.
Confira algumas recomendações importantes antes de fechar o contrato:
- Pesquise a reputação da empresa: verifique avaliações, portfólio e tempo de atuação no mercado. Prefira integradores com experiência comprovada e boas referências de clientes.
- Priorize fornecedores próximos à sua região: a proximidade facilita visitas técnicas, acompanhamento da instalação e atendimento pós-venda.
- Converse com outros clientes: pergunte sobre o desempenho do sistema, a qualidade da instalação e o suporte oferecido após a entrega.
- Avalie o atendimento: empresas confiáveis esclarecem dúvidas, apresentam projetos detalhados e oferecem orçamentos transparentes.
- Verifique certificações e garantias: confirme se os equipamentos são certificados pelo Inmetro e se a empresa fornece garantias formais de produtos e serviços.
Aqui no Canal Solar, você encontra informações sobre empresas de energia solar em todo o Brasil, além de conteúdos técnicos, simuladores e comparativos que ajudam a escolher a melhor solução para o seu projeto.
Acesse agora e encontre fornecedores confiáveis perto de você!
Conclusão
O sistema on-grid segue como o modelo mais utilizado de geração solar no Brasil.
Como vantagens, essa modalidade tem custo inicial menor (em comparação ao modelo off-grid), retorno mais rápido sobre o investimento e integração direta com a rede elétrica.
Por outro lado, é importante considerar que o sistema depende da rede pública para funcionar e não oferece autonomia energética em caso de interrupções no fornecimento.
Além disso, a instalação exige homologação junto à concessionária, o que torna o processo um pouco mais burocrático em comparação ao modelo isolado.
Mas, independentemente do caminho de sua escolha, contar com informação de qualidade e suporte técnico confiável faz toda a diferença.
Por isso, continue acompanhando os conteúdos do Canal Solar, onde você encontra tudo o que precisa para dominar o universo da energia solar.