Parcerias estratégicas entre integradores e comercializadoras de energia no mercado livre

A integração entre módulos fotovoltaicos e comercializadoras no mercado livre pode ajudar o Brasil a alavancar a transição energética
Parcerias estratégicas entre integradores e comercializadoras de energia no mercado livre
Abertura do ACL traz oportunidades de negócio para o mercado de energia solar. Foto: Freepik

A abertura total do mercado de energia no Brasil oferece uma oportunidade única para integradores de módulos fotovoltaicos estabelecerem parcerias estratégicas com comercializadoras de energia, maximizando oportunidades de negócios e diversificando suas fontes de receita.

Benefícios das parcerias estratégicas

Essas colaborações podem gerar sinergias importantes. Confira abaixo as oportunidades.

Acesso ao ACL (Ambiente de Contratação Livre)

Integradores podem oferecer soluções customizadas para consumidores que desejam migrar para o mercado livre, incorporando a energia solar como parte de suas estratégias de compra.

Expansão de portfólio

Comercializadoras ganham produtos mais competitivos ao incorporar energia solar aos seus portfólios, enquanto os integradores ampliam sua base de clientes.

Eficiência no planejamento energético

As comercializadoras podem auxiliar na gestão dos excedentes de geração, ajudando os integradores e consumidores a monetizarem créditos ou excedentes no mercado.

Critérios para Seleção de Comercializadoras

A escolha de uma comercializadora deve ser estratégica e baseada em critérios claros. Confira quais são abaixo.

Reputação no mercado

Optar por empresas consolidadas que possuem experiência, reputação e credibilidade.

Capacidade técnica e financeira

Verificar a solidez financeira da comercializadora e sua infraestrutura tecnológica para suporte em operações no ACL.

Flexibilidade contratual

Priorizar parcerias com comercializadoras que ofereçam modelos de contratos customizáveis e compatíveis com o perfil de geração distribuída.

Foco em sustentabilidade

Empresas alinhadas com os princípios ESG têm maior chance de atrair consumidores conscientes e de longo prazo.

Estratégias de Monetização no ACL

Os integradores podem gerar valor ao explorar oportunidades no mercado livre.

Venda de energia solar no ACL

  • Estruturar contratos de Power Purchase Agreement (PPA) com consumidores do mercado livre interessados em energia limpa e de menor custo;
  • Oferecer energia gerada por usinas fotovoltaicas próprias ou de clientes na modalidade de autoprodução.

Gestão de Excedentes

  • Transformar excedentes em receita por meio da venda no mercado de curto prazo (MCP) ou da alocação para outros consumidores dentro do mesmo grupo econômico.

Consultoria em Migração para o ACL

  • Auxiliar consumidores na migração para o mercado livre, incluindo análise de viabilidade e planejamento de consumo energético combinado com geração solar.

Novos Produtos e Serviços

  • Oferecer soluções híbridas (solar + baterias) e atuar na compensação de carbono, atraindo empresas preocupadas com sustentabilidade.

Preparação para a Abertura Total do Mercado

Com a abertura prevista para 2028, integradores precisam se posicionar estrategicamente desde já:

  • Investir em capacitação técnica para operar no ACL;
  • Desenvolver relacionamentos com comercializadoras de diferentes perfis e tamanhos;
  • Adaptar seus modelos de negócios para atender às necessidades de consumidores menores, que em breve terão acesso ao mercado livre.

Conclusão

A integração entre módulos fotovoltaicos e comercializadoras no mercado livre é um caminho natural para alavancar a transição energética no Brasil. Ao escolher parceiros estratégicos e estruturar modelos de negócios robustos, os integradores poderão transformar desafios regulatórios e mercadológicos em oportunidades de crescimento e lucratividade sustentável.

As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.

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Silla Motta
Administradora de Empresas com MBA em Marketing pela PUC RJ, atua desde 1997 no setor elétrico brasileiro. É fundadora e CEO da Donna Lamparina e participante do Pacto Global da ONU, promovendo a adesão das empresas aos Princípios Universais e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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