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Qual é a vida útil do inversor fotovoltaico?

No Brasil já existem inversores fotovoltaicos em funcionamento há quase 10 anos

Autor: 27 de maio de 2021fevereiro 17th, 2023Inversores
5 minutos de leitura
Qual é a vida útil do inversor fotovoltaico?

Diversos fatotes ajudam a prolongar a vida útil do produto

Muitos consumidores finais e, principalmente instaladores, têm feito essa pergunta para os principais fabricantes de inversores do mercado de energia solar no Brasil. Mas por quê?

De fato, conhecer a vida útil dos equipamentos que compõem um sistema fotovoltaico (FV) é de extrema importância, pois isso está diretamente ligado ao investimento que o cliente final irá realizar.

De posse do preço e da vida útil de um sistema FV, torna-se possível calcular os rendimentos, o tempo de retorno (payback), como também fazer uma estimativa de prazo deste investimento.

Como sabemos, muitos fabricantes de módulos FV asseguram uma vida útil de aproximadamente 25 anos para os seus equipamentos, com uma queda prevista de eficiência durante esse período.

Porém, vale ressaltar que esses painéis podem durar muito mais do que esse tempo informado pelo fabricante, pois apesar de perderem a sua eficiência, existem muitos casos de painéis em funcionamento há mais de 30 anos.

O local da instalação, os cuidados previstos e indicados pelo fabricante, bem como sua fixação e tecnologia, ajudam a prolongar a vida útil do produto.

Exemplo de gráfico de degradação de potência e garantia de desempenho de um módulo FV

Exemplo de gráfico de degradação de potência e garantia de desempenho de um módulo FV

Quanto aos inversores, o mesmo acontece. Os fabricantes de inversores costumam também nos dizer qual é a vida útil do seu equipamento, porém neste caso nos deparamos com a famosa sigla MTBF (Mean Time Between Failures), ou tempo médio entre falhas.

Para os grandes fabricantes de inversores este tempo entre falhas é de aproximadamente 20 anos.

Mas o que isso quer dizer?

O MTBF expressa o tempo médio observado para que uma falha ocorra. Os inversores são submetidos a diversos testes em laboratório, como altas e baixas temperaturas, emissão de radiofrequência, umidade, salinidade, entre outros.

Desta forma, sob condições mais rigorosas do que as encontradas na vida real, é observado o tempo médio para que uma falha em seus componentes internos ocorra.

Portanto, quanto maior o MTBF de um equipamento, maior será a vida útil garantida pelo fabricante e consequentemente este também poderá ser usado como prazo para os cálculos de investimento como citamos anteriormente.

Assim como os Módulos FV, os inversores também podem durar muito mais do que o MTBF informado, pois dependendo do local da instalação, temperatura, umidade, entre outros fatores, o inversor pode trabalhar com mais tranquilidade e sem estressar os seus componentes internos, prolongando este MTBF e garantindo um investimento de longo prazo para o cliente final.

Inversores em operação há 30 anos?

Apesar da energia solar ser uma tecnologia nova no país, ela vem cada vez mais ganhando espaço nas casas dos brasileiros desde 2012, quando a REN 482 regulamentou a operação dos sistemas FV de geração distribuída no país.

Mesmo sendo uma tecnologia ainda recente no Brasil, já temos diversos casos de sistemas FV conectados à rede em operação desde 2014, como noticiado pelo Canal Solar.

Leia também: Longevidade dos inversores em um sistema fotovoltaico

Com pouco menos de 10 anos em operação já poderíamos ter nos deparado com falhas, manutenções ou mesmo danos aos equipamentos. Porém, os relatos de uso desses sistemas são muito positivos, com clientes cada vez mais satisfeitos e com diversas ampliações dos mesmos.

Fora do Brasil, já é possível encontrar sistemas FV em operação há 30 anos, como é o caso do sistema FV do engenheiro alemão Franz Ammersdorfer, proprietário de um dos primeiros inversores da Fronius, do modelo Sunrise (à época ainda um protótipo).

Inversor Fronius Sunrise – em operação há mais de 30 anos

Inicialmente, o sistema FV instalado em 1994 contava com um inversor Fronius Sunrise de 1 kW e 2 kWp de módulos FV. Desde então, Franz passou a aumentar o seu sistema e otimizar o seu autoconsumo, com a utilização de um sistema de aquecimento de água, como também com um ponto de recarga para seu carro elétrico.

Como a internet ainda não era algo completamente acessível a todos na época, o monitoramento do sistema fotovoltaico não era realizado pela plataforma gratuita Solar.Web que hoje conhecemos, mas sim pelo Sunrise for Windows, plataforma que tornava possível obter gráficos, ainda que muito simples, de geração diária de energia, mas que já ajudavam no planejamento futuro e no acompanhamento do desempenho do sistema.

Tela do Sunrise for Windows – Primeira plataforma de monitoramento da Fronius

 

Telas do Sunrise for Windows – Primeira plataforma de monitoramento da Fronius

Telas do Sunrise for Windows – Primeira plataforma de monitoramento da Fronius

Mesmo recebendo um protótipo de inversor e, com a proposta de substituição do que viria a ser a versão final do Fronius Sunrise, Franz não quis se desfazer do equipamento, que continua em operação desde então.

Portanto, a ideia de que um sistema fotovoltaico tem uma vida útil curta e, de que o inversor ou mesmo os módulos precisam ser trocados a cada 10 anos, mostra-se um fato não comprovado por casos reais de aplicação.

É preciso dizer também que o histórico do fabricante, a rigidez dos testes realizados, a longevidade da marca e a qualidade dos componentes que compõem o equipamento são itens que devem sempre ser levados em consideração no momento da escolha do inversor para integrar o sistema fotovoltaico, a fim de garantir sempre o melhor desempenho e uma prolongada vida útil para o seu investimento.

Clique aqui para ver uma entrevista com o Franz mostrando o seu sistema FV com o inversor Fronius Sunrise e entender melhor sua paixão por energias renováveis, em especial a energia solar fotovoltaica.

Ariel Martins

Ariel Martins

Bacharelado em engenharia elétrica com mais de 8 anos de experiência em equipamentos de distribuição de baixa tensão, incluindo sistemas fotovoltaicos.

2 comentários

  • Mauricio Mendonça de Godoy disse:

    Prezado Ivan Gomes, tenho estudado eletrônica de potência e de fato existe um campo de melhoria da troca de calor a ser explorado.
    Excelente iniciativa, pois não gostamos de ficar ligando em call center fornecedores de equipamentos. Hoje pesquiso e procuro desenvolver
    trocadores de calor de acordo com cada inversor, trocador, exaustor, limitador e alarmes.
    Grande abraço.
    Maurício,Campinas S.P.

  • Ivan Gomes disse:

    Ótimo artigo, aqui em minha casa uso dois inversores, para aumentar sua vida útil utilizo uma fotocélula invertida com contactor, isso só liga a entrada AC na presença da luz natural e outra providencia foi um termostato e cooler para resfriar os inversores quando atingem certa temperatura. Já tem mais de um ano em operação, até o momento tudo certo !

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