Na categoria dos engenheiros, os que estão enquadrados na modalidade eletricista possuem as atribuições para projetar e executar projetos fotovoltaicos, conforme o artigo 8º da resolução n.º 218, de 29/06/1973 do Crea/Confea.
Em meio a este cenário, profissionais buscam se capacitar para assinarem projetos de energia solar. Como foi o caso de Lucas Henrique Fernandes, fundador da Azzon Energia.
Ele se formou, primeiramente, como engenheiro de produção. Era o projetista e contava com parceiros para assinar os projetos. Depois, quando abriu a companhia, sentiu a necessidade de se qualificar e dar mais segurança para os clientes.
“Voltei então para a faculdade. O curso tinha 45 disciplinas: fui dispensado de 19, convalidei 12 e precisei fazer 14 matérias para me formar. No total, estudei por um ano e meio e obtive a graduação em Engenharia Elétrica”, disse.
“Agora, sou o responsável pela Azzon no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e, portanto, consigo criar ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), tanto na pessoa física quanto jurídica”, ressaltou.
‘Setor solar me atraiu’
Antes de trabalhar no mercado fotovoltaico, Fernandes atuou por quase sete anos na GE (General Eletric), multinacional norte-americana com uma unidade em Campinas, interior de São Paulo, como engenheiro de desenvolvimento de produtos de geradores e motores elétricos.
“Passou-se um tempo e em 2015 comecei a pesquisar e me interessei pela energia fotovoltaica. Um amigo me apresentou de fato a solar e me despertou esse entusiasmo sobre a tecnologia e todo o bem que a mesma poderia fazer para o planeta, tanto em questão de eletricidade e sustentabilidade”, enfatizou.
“Além disso, conheci os cursos do Canal Solar. Comecei pelo de básico de introdução aos conceitos e depois fiz o avançado de usinas solares. Recentemente, aderi ao curso de projeto de energia solar com armazenamento em baterias”, comentou.
“Os cursos do Canal Solar, inclusive, me inspiraram a voltar a estudar. A empresa sempre foi uma das principais referências para consulta e atualização de conhecimentos”, relatou.
O profissional destacou ainda que foi muito valioso adquirir esses conhecimentos, desde a criação da tecnologia, desenvolvimento de projetos e estudos de caso, “além de conhecer muita gente e criar relacionamento com os outros alunos que hoje tenho como amigos e parceiros de trabalho”.
Capacitação abriu portas
Após prestar serviços para outras empresas, o engenheiro disse que estava preparado para abrir a própria integradora. “Em 2019 fundei a Azzon Energia, em Araras (SP) e, depois de dois anos e meio, chegamos a 350 instalações e quatro filiais em cidades estratégicas para dar suporte aos clientes”.
Atualmente, além da graduação em Engenharia Elétrica, Fernandes tem MBA em gestão de produção e especialização em energias renováveis.
3 respostas
Muito bacana esse relato, sou engenheiro civil e já trabalho com energia solar a 4 anos… estou pensando em fazer engenharia elétrica. Uma dúvida, existe a possibilidade de adquirir as atribuições do art 8 da res218 do confea fazendo uma pós-graduação?
Boa noite João , você já conseguiu esta resposta , também estou querendo saber se é possível ?
Parabéns pela matéria, é muito bom poder inspirar pessoas a voltarem a estudar! Obrigado pela oportunidade!