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A energia solar é de todos e veio para ficar

O mercado fotovoltaico configura-se como um protagonista de grande relevância na economia nacional

Autor: 7 de maio de 2021Opinião
3 minutos de leitura
A energia solar é de todos e veio para ficar

Da mesma forma que ocorreu com celulares e computadores, o desenvolvimento tecnológico e o crescimento da oferta de produtos estão acelerando a disseminação da energia solar em todo o mundo. 

A energia solar é impulsionada pela transformação energética pela qual o mundo está passando, dos combustíveis fósseis em direção às energias renováveis. 

O que era em décadas passadas, palco de intensos debates, hoje é um consenso entre as nações: as mudanças climáticas impõem descarbonizar a matriz energética global. 

Esse consenso ganhou força ainda maior com a eleição de Joe Biden nos EUA, que tem no combate às mudanças climáticas a principal prioridade de seu mandato. 

Em abril deste ano, Biden liderou a Cúpula dos Líderes Globais sobre o Clima, em reunião que contou com os chefes de estado de 40 países: as principais economias do planeta, responsáveis por 80% das emissões de CO₂, representantes das nações mais vulneráveis ao aquecimento global, além de países que lideram ações de preservação ambiental. 

Os líderes mundiais concordam que vivemos uma revolução econômica que traz imensas oportunidades para a economia global. Novas tecnologias, mercados e modelos de negócios estão florescendo na esteira da transformação energética em direção às energias renováveis. 

A oferta global de equipamentos fotovoltaicos, por exemplo, cresceu e diversificou-se, favorecendo o abastecimento do mercado, promovendo a redução de custos e atraindo investimentos. O mesmo caminho está sendo percorrido pelas tecnologias de armazenamento.

No Brasil, o mercado solar está maduro e configura-se como um protagonista de grande relevância na economia nacional. A energia solar distribuída está presente em 95% dos 5.570 municípios brasileiros.  Existem hoje mais de 470 mil instalações que somadas alcançam 5,5 GW em potência instalada.

Energia que foi financiada diretamente pelos consumidores, promovendo economias na transmissão de longa distância, além de contribuir para preservar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, minimizar a utilização das usinas térmicas, retardando a aplicação das bandeiras tarifárias sobre a conta de energia.  

Para que a penetração da energia solar crescesse dessa maneira, nos últimos anos a oferta de financiamento para a geração distribuída ampliou-se fortemente. Além dos grandes bancos, somam-se dezenas de fintechs que disputam o crescente mercado de linhas de financiamento para energia solar. 

Com isso, os pequenos consumidores têm acesso aos recursos para produzir efetivamente sua própria eletricidade. Hoje, existem ótimas opções para instalar um sistema solar, utilizando um mínimo desembolso de recursos próprios. 

Além de beneficiar a todos os que investem e consomem eletricidade, a energia solar também cria muitos empregos, um alento em tempos de crise econômica. O setor de geração distribuída, que cresceu 60% em 2020, gera atualmente mais de 250 mil empregos por todo o país. 

A geração distribuída é de interesse amplo da sociedade brasileira e, por isso, será regulada por legislação própria, discutida no Congresso Nacional. Isso tudo faz da energia solar a solução democrática por excelência.

Leia também: PL 5829 é retirado de pauta por falta de consenso entre parlamentares

Os pioneiros, que construíram painel por painel o mercado solar no Brasil, hoje têm certeza de que a dura jornada até aqui valeu muito a pena. Sabem também que estamos prontos para o próximo salto.

Gustavo Tegon

Gustavo Tegon

Formado em Negócios Internacionais e com MBA em Gestão e Negócios pela Universidade Metodista de Piracicaba. Com grande experiência em geração distribuída, liderou os fabricantes BYD, Jinko e Canadian Solar no Brasil. Atualmente, é diretor Institucional da BelEnergy.

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