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Financiamento para energia solar cresce após volta da bandeira vermelha 

Fonte renovável é uma das principais alternativas buscadas pelos consumidores para se blindarem dos aumentos tarifários no país
Bandeira vermelha conta de luz mais cara eleva procura por financiamentos
Conta de luz ficou mais cara com o acionamento da bandeira vermelha. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Os novos aumentos na conta de luz, que entraram em vigor com o acionamento da bandeira vermelha tarifária nos meses de setembro e outubro, estão impulsionando os financiamentos para sistemas de energia solar no Brasil.

Segundo dados da plataforma Meu Financiamento Solar, o volume de créditos liberados para projetos fotovoltaicos de micro e minigeração distribuída cresceu 22,7% no mês de setembro em comparação com agosto.

Na avaliação de Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, a geração solar é a principal alternativa buscada pelos consumidores para se blindarem da escalada na conta de luz. 

“Com o acionamento da bandeira vermelha na conta de luz, a tomada de decisão (de muitos consumidores) acaba sendo pelas instalações fotovoltaicas. A conta é simples: além de haver mais facilidade de contratação de financiamento, o tempo de retorno do investimento cai de forma expressiva”, disse ela. 

De acordo com o balanço divulgado pela empresa, a maior parte dos créditos liberados para instalação de painéis solares foi para projetos contratados por consumidores residenciais. 

De 1º de setembro até agora, mais de 64,7 mil casas brasileiras tiveram sistemas fotovoltaicos instalados, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), com boa parte sendo financiada pelas instituições que atuam no segmento.

Embora o maior público para instalações de painéis solares seja o de consumidores residenciais, Carolina também chama a atenção para um aumento crescente no número de “financiamento de energia solar para condomínios, que buscam reduzir a conta do consumo das áreas comuns dos prédios”, ressaltou. 

Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar. Foto: Divulgação 

Bandeira vermelha

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2015, sendo composto pelas cores verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2).

Essa sequência indica o custo da energia: verde quer dizer que não há custo adicional, a amarela indica um leve acréscimo na conta de luz e a vermelha traz um custo maior aos consumidores brasileiros.

O aumento da tarifa sinaliza a necessidade da população reduzir o consumo de luz por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e da necessidade de ligar mais termelétricas, que têm custo maior de geração de energia.

A bandeira vermelha 1 foi acionada no mês de setembro, enquanto que a do patamar 2 foi em outubro. No final de cada mês, a ANEEL sempre anuncia qual será a cor da bandeira tarifária vigente para o mês seguinte.

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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