O Condomínio Ingleses Holiday Center, localizado no bairro Ingleses do Rio Vermelho, em Florianópolis (SC), aderiu ao Mercado Livre de Energia e irá economizar mais de R$ 800 mil por ano na sua conta de luz ao longo dos próximos 10 anos.
O empreendimento, que conta com mais de 100 apartamentos, aderiu ao ACL (Ambiente de Contratação Livre) por meio da comercializadora 2W Ecobank. Os hóspedes e moradores do condomínio também terão à sua disposição carregadores para veículos elétricos da 2W.
Ao todo, mais de duas mil empresas do Estado de Santa Catarina já estão aptas e poderiam migrar para o Mercado Livre de Energia, onde os benefícios deste ambiente de contratação incluem potencial economia na tarifa, migração para energia renovável, maior controle e liberdade para negociar contratos e uso mais eficiente do recurso.
Indústria em geral, supermercados, comércio varejista e atacadista e os condomínios, são exemplos de setores para os quais a migração já é uma realidade.
Claudio Ribeiro, CEO da 2W Ecobank, toda energia produzida no Mercado Livre, com foco em pequenas e médias empresas, será comercializada a um custo até 30% menor que o da concessionária.
Ampliação do Mercado Livre
Atualmente, o Mercado Livre de Energia é restrito a apenas 0,03% dos consumidores brasileiros, uma vez que apenas clientes com demanda igual ou superior a 500 kW podem participar deste mercado.
Contudo, em setembro do ano passado, o MME (Ministério das Minas e Energia) ampliou a abertura deste mercado por meio da publicação da Portaria 50/2022, permitindo com que todos os demais consumidores atendidos em alta tensão possam adquirir energia de qualquer supridor a partir de 1º de janeiro de 2024.
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Ao todo, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) estima um universo de 106 mil unidades consumidoras que se enquadram neste grupo. Se todos migrassem, isso representaria um crescimento de 350% no número de consumidores do ACL.
Já para os demais brasileiros clientes de baixa tensão (Grupo B), o que existe neste instante é uma sinalização do Ministério para que ocorra em 2026 a abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores comerciais, enquanto que a abertura para todos os consumidores deve ocorrer somente em 2028.