A Ascent Solar Technologies, empresa norte-americana e referência no desenvolvimento de soluções fotovoltaicas leves e flexíveis em película fina CIGS, anunciou o início de uma colaboração estratégica com a NASA, a Agência Espacial Norte-Americana.
A parceria, formalizada por meio de um Aviso de Acordo Colaborativo, envolve o MSFC (Centro de Voos Espaciais Marshall) e conta com o apoio técnico do GRC (Centro de Pesquisa Glenn), ambos da agência espacial.
O projeto tem como foco aprimorar a capacidade de recepção de energia irradiada no espaço, utilizando os módulos fotovoltaicos CIGS desenvolvidos pela Ascent. A proposta faz parte de uma iniciativa para acelerar o desenvolvimento de produtos comerciais capazes de operar em ambientes espaciais extremos, com aplicação direta em futuras missões da NASA.
Segundo a empresa, os testes realizados anteriormente com módulos comerciais, já demonstraram o potencial da tecnologia ao captar com sucesso feixes de energia transmitida, reforçando sua viabilidade como alternativa de fornecimento energético em longas distâncias.
A expectativa é que, ao amadurecer essa tecnologia nos próximos 12 meses, seja possível fornecer soluções energéticas mais leves, compactas e eficientes para uso em missões espaciais de alto custo e complexidade.
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Eficiência energética em missões lunares
A inovação proposta pela parceria tem como objetivo central a capacidade de gerar energia a partir de feixes de luz de alta densidade energética, multiplicando em até 10 vezes o rendimento energético das células solares tradicionais em relação à luz solar terrestre.
Isso permitiria uma significativa redução na massa e no volume dos sistemas de geração embarcados em espaçonaves, liberando espaço para cargas úteis e tecnologias científicas.
Essa economia de peso é especialmente estratégica em missões de pouso lunar, como as previstas pelo programa Artemis e pela iniciativa CLPS (Commercial Lunar Payload Services).
Nessas operações, a logística de mobilidade na superfície lunar exige sistemas energéticos robustos, mas também leves, uma equação que a tecnologia da Ascent pretende resolver.
A aplicação prática pode incluir, por exemplo, a manutenção de atividades em regiões permanentemente sombreadas da Lua, que são áreas de interesse científico por concentrarem grandes quantidades de gelo. A energia irradiada permitiria não apenas operar equipamentos nessas zonas de difícil acesso, como também garantir a sobrevivência durante a longa noite lunar.
Redução de custos e avanço tecnológico
Com o custo atual para pousar equipamentos robóticos na Lua variando entre centenas de milhares e milhões de dólares por quilograma, qualquer ganho em eficiência energética e redução de massa representa economia direta e impacto positivo na viabilidade das missões.
A Ascent estima que sua tecnologia pode contribuir para uma diminuição de até uma ordem de magnitude na massa necessária para entrega de energia em destinos lunares e planetários.
“Por meio do nosso trabalho conjunto, planejamos lançar no mercado uma linha de produtos ainda mais capaz, que reduzirá os custos e a complexidade das missões, ao mesmo tempo em que aumentará a eficiência fotovoltaica, tornando nossa tecnologia uma peça crucial para futuras missões espaciais”, afirmou Paul Warley CEO da Ascent Solar Technologies.
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