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Pioneirismo trouxe a inovação ao setor de energia solar no Brasil

Uma das pioneiras no setor, a Renovigi foi responsável pelos primeiros projetos fotovoltaicos desenvolvidos no país

Autor: 27 de junho de 2023dezembro 21st, 2023Opinião
6 minutos de leitura
Pioneirismo trouxe a inovação ao setor de energia solar no Brasil

Energia solar já conta com 30,6 GW de potência instalada

Com uma década de atuação no setor solar, a Renovigi foi uma das primeiras empresas a apostar na geração de energia fotovoltaica no país.

Formada por um grupo de empresários de Chapecó (SC), a companhia surgiu em 2012, mesmo ano em que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) lançou a Resolução 482/2012, que passou a permitir a produção própria de energia com injeção na rede e bonificação por créditos.

O pioneirismo trouxe a inovação, e, hoje, a energia solar já conta com mais de 30,6GW de potência instalada (70% em geração distribuída), o que representa 14,3% da matriz elétrica brasileira, segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Mas tudo isso não teria acontecido se não fosse por um elemento fundamental: os primeiros clientes que tiveram a visão para investir em uma empresa nova e que trazia uma solução de energia renovável extremamente recente no país.

Morador de Chapecó (SC), Luiz Silvio Scartazzini foi um deles. Em 2013, ele acompanhou de perto o nascimento da Renovigi, como professor e pesquisador do núcleo de Ciências Renováveis do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), e adquiriu os primeiros módulos Renovigi para projetos da universidade.

Com doutorado em engenharia civil, Luiz realizava, desde 2008, pesquisas sobre energias renováveis, com foco em PCHs (Pequenas Centrais Elétricas) e geração solar. Na época, tudo era experimental. Como ainda não era permitido injetar na rede, a energia gerada pelos sistemas era consumida internamente e descarregada em um banco de baterias.

Entre 2012 e 2013, Scartazzini foi o responsável pela compra dos equipamentos revendidos pela Renovigi, que foram utilizados em três projetos desenvolvidos pela universidade.

O primeiro foi um sistema off grid em uma região rural no município de Nonoi (RS), de produção de gado de leite. Distante da linha de transmissão, o produtor sofria com quedas recorrentes de energia e a ideia era que o nobreak formado por um banco de baterias alimentado pelo sistema solar entrasse em operação a cada falta de energia.

O segundo projeto consistiu no desenvolvimento de um protótipo de telhado solar que acompanhasse, de forma mecânica, a direção do sol, de forma que houvesse 100% de aproveitamento da luz.

Já para o terceiro, foram compradas placas menores, para a criação de um veículo para cadeirantes movido a energia solar. Todos os projetos geraram estudos que foram publicados pelo IFSC. Ele conta que na época, eles estavam trilhando um caminho novo, realizando experimentos para entender como aproveitar melhor o potencial energético da fonte solar.

Na época, o Brasil vivia a iminência de uma crise energética com seguidas secas e começou-se a perceber que uma matriz baseada predominantemente em geração hídrica não seria suficiente. Neste contexto, a produção de energia utilizando fontes alternativas como a biomassa, a eólica e a solar começaram a receber o incentivo de políticas públicas.

Scartazzini avalia que a falta de apoio governamental fez com que o país demorasse a ter geração solar. Segundo ele, não faltavam consumidores, sol e espaço para a instalação, mas faltava o incentivo do governo para que o empresário tivesse a visão de entrar neste negócio, o que foi feito em 2012 quando a ANEEL liberou a geração de energia pelo consumidor.

Somando estes três itens – incentivos governamentais, investimento empresarial e consumidor -, a geração solar deu seus primeiros passos no Brasil, tendo a Renovigi como uma das pioneiras do setor.

Em 2017 a empresa lançou o programa “Minha Energia vem do Sol”. Tratava-se da divulgação de propostas para geração distribuída em residências com pequeno e médio consumo, para instalação de sistemas com 6, 8, 10 ou 12 placas. Já com conhecimento adquirido por meio das pesquisas na universidade, Luiz adquiriu o sistema para a sua casa com o qual produz energia até hoje.

Me lembro que na época, foi instalado um sistema com 10 painéis com capacidade de geração total de 3,2 kWp. Porém, o conjunto de inversores atingia uma potência de 2,5 kWp, subestimados para a capacidade de geração dos módulos. A geração de energia que produz hoje equivale a cerca de 80% do seu consumo, mas poderia chegar aos 95% se, na época, tivesse inversores mais potentes de 5 kW ou 4 kW.

Hoje, a Renovigi já trabalha com inversores em string com potência de até 125 kW e lançou, recentemente, o microinversor de 2000 W, que pode ser instalado no telhado e permite o controle a cada combinação de painéis.

Onde tudo começou

Berço da Renovigi, a Nord tem 30 anos de mercado na fabricação de painéis eletrônicos para equipamentos e foi uma das primeiras empresas a instalar um sistema de geração solar em Chapecó (SC).

Diretor e sócio da Nord, Marcísio Marzari conta que ele e seu sócio, Nelson Akimoto, sempre investiram em sustentabilidade, estabelecendo a preocupação ambiental como um norte para a companhia. Há 12 anos, quando construíram o prédio, colocaram um gerador eólico, e compraram duas placas solares de 40 W.

Marzari conta que a Nord foi uma das primeiras empresas a utilizar a energia solar, e a Renovigi começou dois anos antes da homologação da lei. De acordo com ele, o sistema funcionou quase como se fosse uma planta técnica. Ele ainda relata que apostaram na energia solar porque sabiam que iria crescer e que daria retorno financeiro.

Inicialmente, a Nord instalou um sistema de 5 kWp e depois fez uma expansão para um de 20 kWp, operando hoje com os dois inversores e cerca de 80 placas de 250 W. A energia solar corresponde a 65% do consumo da fábrica.

Segundo Marzari, o sistema funciona bem e só não é ampliado por falta de espaço físico. O executivo, que é um grande apoiador da energia solar, relembra que na época da criação de Renovigi, o país atravessava uma crise elétrica e começou-se a investir em fontes alternativas.

Neste ponto, a energia solar é a mais rápida, já que em um mês é possível instalar um sistema. Hoje, com mais de 10 anos, a Nord está muito satisfeita com a performance e geração de energia do sistema adquirido.

A aposta em energias renováveis constitui um caminho sem volta. É a evolução que o mundo pede. Acredito que, se pudermos investir em algo que vai reduzir os danos ao meio ambiente, devemos fazê-lo. Com a energia solar temos a chance de economizar na conta de luz sem destruir o meio ambiente.

A Renovigi, como pioneira no setor, se coloca como um dos principais players do mercado e chancela o compromisso junto aos seus clientes com sistemas rodando há mais de 10 anos no país, ponto importante para uma linha de produtos que possui atualmente garantia de até 25 anos de eficiência nos painéis.


 

Guilherme Coelho da Costa

Guilherme Coelho da Costa

Gerente executivo da Renovigi Energia Solar. Formado em ADM/Comércio Exterior pela Univali de Itajaí e pós graduado em Gestão de Negócios Internacionais pela FGV, Guilherme é um profissional com amplo histórico no mercado internacional, incluindo recorrentes idas à Ásia para relacionamento, negociações e feiras de nicho.

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