Não é só em Minas Gerais, na área de concessão da Cemig-D, que os consumidores de energia enfrentam dificuldades para conectar seus sistemas fotovoltaicos. Em Alagoas, a Equatorial Energia vem usando o mesmo expediente.
Segundo a deputada Ângela Garrote (PP-AL), a parlamentar vem recebendo diversas denúncias de consumidores contra a distribuidora alagoana. Usando a tribuna da Assembleia Legislativa, a parlamentar disse na última terça-feira (31) que a empresa tem dificultado o acesso do consumidor ao sistema de distribuição, alegando inversão de fluxo.
Diante de tantas reclamações, a deputada solicitou uma audiência pública para apurar as denúncias contra a Equatorial Alagoas.
“Hoje, quero trazer à tona várias reclamações que, além de prejudicar o consumidor, também tem prejudicado a cadeia produtiva do setor de energia. Empresas e empresários do setor estão falindo dia após dia diante das arbitrariedades cometidas pela Equatorial Alagoas. Neste mês de outubro, por exemplo, tivemos 58% de queda de sistemas conectados em relação a outubro do ano passado”, disse.
Ângela disse que a concessionária utiliza argumentos técnicos para dificultar o direito do consumidor de gerar a própria energia. “A Equatorial vem identificando a inversão de fluxo sem realizar estudos de forma adequada, não prestando as devidas informações obrigatórias ao consumidor, e nem mesmo um atendimento tempestivo quando solicitada, ferindo diversos dispositivos regulatórios”, concluiu.
O mesmo problema foi discutido ontem (31/10) na Câmara de Vereadores de Patos de Minas (MG). Os vereadores da região alegam ter recebido inúmeras reclamações da população com relação ao serviço prestado pela Cemig-D.
Representantes de empresas de energia solar estiveram presentes e relataram que a concessionária mineira estaria negando projetos de energia solar, sob a justificativa de que a rede não suporta novas instalações.
Como amenizar o problema da inversão de fluxo em sistemas fotovoltaicos?