Trabalhadores vão a Brasília para questionar a proposta de regulamentação da Lei 14.300

Um dos pontos de discussão é a proposta da ANEEL de se criar a TUSDg para a microgeração em consumidores do Grupo B
Canal Solar Trabalhadores vão à Brasília pra questionar inconsistências na proposta de regulamentação da Lei 14.300

Trabalhadores do setor de energia solar devem retornar à Brasília nesta terça-feira (7) em prol da manutenção de milhares de empregos do mercado de energia solar.

A mobilização tem como principal objetivo questionar pontos de inconsistência trazidos na proposta da ANEEL que trata da regulamentação da Lei 14.300/2022 e que foi apresentada na reunião pública da diretoria da semana passada.

Saiba mais

ANEEL adia votação para analisar melhor a regulamentação da Lei 14.300

Mercado recebe minuta da ANEEL sobre Lei 14.300 com apreensão

Segundo Hewerton Martins, presidente da MSL (Associação Movimento Solar Livre), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) está criando uma regulação à margem do que foi determinado na Lei 14.300.

Martins ressalta que a maior preocupação do setor é a proposta da Agência de se criar a TUSDg para o segmento de microgeração distribuída e, segundo ele, a expectativa é de que a mobilização sensibilize o relator do tema, o diretor Hélvio Guerra.

“Esperamos que o diretor Hélvio retire essa cobrança da TUSDg da microgeração. E a mobilização é no sentido de dar um sinal de que isso não é viável e que inviabilizará os projetos pequenos, indo até mesmo contra os programas Minha Casa Minha Vida e outros programas sociais que visam gerar energia para os pequenos consumidores”, acrescenta.

Ele ainda avalia que a proposta da ANEEL é similar ao que aconteceu na Espanha e Portugal, que foi a adoção de políticas que impactou negativamente o setor.

Ele ainda diz que também está sendo feita uma mobilização junto aos deputados federais, uma vez que, segundo ele, “trata-se apenas de fazer cumprir o texto expresso em lei”.

Em entrevista ao Canal Solar, o deputado federal Celso Russomano, autor do PL 2703/2022 que visava prorrogar o prazo para a entrada da Lei 14.300, afirmou que está ciente da mobilização e está acompanhando a situação. “A regulamentação da lei não pode ultrapassar os limites da lei, nem alterar a própria lei”.

O deputado ainda informou que pretende promover a realização de uma audiência pública para discutir o tema. Porém, ainda não soube dizer a data.

A reunião da diretoria está prevista para começar às 9h de terça (7) e deve ser transmitida pelo YouTube da ANEEL. De acordo com a pauta, o processo que envolve a regulamentação da 14.300 é o primeiro item.

Interessados podem fazer a sua solicitação para falar sobre o tema. Clique aqui para fazer a inscrição. Segundo a Agência, as sustentações orais terão duração máxima de 5 minutos.

Capacetes amarelos

A mobilização realizada em Brasília no dia 7 de novembro de 2019 foi o primeiro ato do movimento que ficou conhecido como “Capacetes Amarelos”. Na ocasião, profissionais vestiam camisas amarelas e usavam capacetes da mesma cor.

A motivação para a mobilização foi a audiência pública 040/2019 da ANEEL, convocada pela Agência com o objetivo de obter subsídios e informações adicionais referentes às regras aplicáveis à micro e à minigeração distribuída para a elaboração da minuta de texto à Resolução Normativa 482/2012.

Imagem de Ericka Araújo
Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

3 respostas

  1. A impressão que dar, essas agências de regulamentação, Aneel, Anatel e outras, estão a serviço, não do povo brasileiro, mas de corporações do poder econômico! O povo já pagou a há muito a infraestrutura de energia elétrica, e até hoje, se cobra na conta do consumidor, esse investimento.

  2. a energia solar é um presente de Deus,não poder ser cobrado somente impostos da material industrializados para captar a energia..e distribuir.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Principais notícias

Leia mais

Receba as últimas notícias

Assine nosso boletim informativo semanal